Câmbio torna Fiat Strada cansativa e eleva consumo
Dizem que o bom é inimigo do ótimo, e esta parece ser a filosofia da Fiat Strada cabine dupla. Ela consegue atender a vários públicos, mas mais como um quebra-galho do que como solução definitiva. Pelo menos se o assunto não é carga.
As paredes altas da caçamba se mostraram úteis por permitir o transporte de uma cadeira de escritório deitada sem que a capota precisasse ser aberta, ao contrário do que aconteceu em outra ocasião com a capota da caçamba de uma Chevrolet S10.
Mas os ocupantes de uma S10 não têm muito do que reclamar. Já viajar no banco traseiro da Strada é cansativo, por conta do espaço quase tão limitado quanto o de um Mobi.
O câmbio com relações curtas favorece as arrancadas e retomadas, mas derruba a eficiência do motor em rodovias. Se a 90 km/h constantes é possível fazer 17 km/l, a 120 km/h, quando o motor trabalha ao redor dos 3.700 rpm, a média cai para 13 km/l.
Uma sexta marcha faz falta. E se pegar algo para beber durante uma viagem, fique atento ao tamanho, pois no nicho à frente da alavanca de câmbio só cabem latinhas, copos e garrafas ficam tombados.